O caso de Safiya Hussaini
Traduzido por Isaac Ribeiro
Em outubro de 2001, no estado de Sokoto, Safiya Yakubu Hussaini, de 30 anos, foi condenada à morte mediante lapidação. Havia sido declarada culpada de adultério em aplicação de uma lei que conculca (viola) as normas internacionais de direitos humanos. Durante seu primeiro juízo, foi objeto de discriminação por sua condição de mulher: a declararam culpada com provas improcedentes, como que engravidou quando, segundo os informes, já não estava casada. Apesar disso, o tribunal não investigou a paternidade do bebê nem as denúncias de Safiya, que afirmava ter sido violentada por um homem casado. Em novembro admitiu-se seu recurso para trâmite perante o Tribunal de Apelação da Lei Islâmica do Estado de Sokoto. Em dezembro, o ministro federal de justiça declarou publicamente que ela não seria executada.
A princípios de 2002 a Anistia Internacional levou a cabo uma campanha, liderada pela seção espanhola, para pedir a liberação de Safiya. Recolheram-se mais de 650.000 assinaturas em três semanas de campanha, as quais foram enviadas para a Embaixada da Nigéria em Madrid. Graças à pressão internacional e à repercussão nos meios de comunicação, Safiya Hussaini foi liberada ao final de março de 2002.
El caso de Safiya Hussaini
En octubre de 2001, en el estado de Sokoto, Safiya Yakubu Hussaini, de 30 años, fue condenada a muerte mediante lapidación. Había sido declarada culpable de adulterio en aplicación de una ley que conculca las normas internacionales de derechos humanos. Durante su primer juicio fue objeto de discriminación por su condición de mujer: la declararon culpable con pruebas improcedentes, como que estaba embarazada cuando, según los informes, ya no estaba casada. Pese a ello, el tribunal no investigó la paternidad del bebé ni las denuncias de Safiya, que afirmaba haber sido violada por un hombre casado. En noviembre se admitió a trámite su recurso ante el Tribunal de Apelación de la Ley Islámica del estado de Sokoto. En diciembre, el ministro federal de Justicia declaró públicamente que no sería ejecutada.
A principios de 2002 Amnistía Internacional llevó a cabo una campaña, liderada por la sección española, para pedir la liberación de Safiya. Se recogieron más de 650.000 firmas en tres semanas de campaña, que se enviaron a la Embajada de Nigeria en Madrid. Gracias a la presión internacional y a la repercusión en los medios de comunicación, Safiya Hussaini fue liberada a finales de marzo de 2002.