ENEM é suspenso, e vazamento será investigado pela PF
O Ministério da Educação (MEC) disse, em nota divulgada nesta quinta-feira (1), que “já tomou providências” junto à Polícia Federal e ao Ministério da Justiça para apurar quem vazou a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), que iria acontecer neste final de semana, mas foi cancelada. A nova prova, segundo o MEC, deve acontecer em 30 ou 45 dias. Segundo a nota o INEP já possui uma segunda prova e deve anunciar a nova data nos próximos dias, depois de reorganizar a logística.
De acordo com o MEC, os alunos serão informados pelo correio, pelo celular e pela internet quando a nova data e os locais forem confirmados. As provas foram adiadas agora, diz a nota do ministério, por motivos de segurança.
Ainda segundo a nota, em razão do adiamento, o resultado final das provas, inicialmente previsto para o dia 8 de janeiro, deve atrasar em cerca de um mês.
O MEC cancelou a prova após denúncia feita pelo jornal “O Estado de São Paulo”, de que a prova teria vazado. O jornal diz que foi procurado por um homem que disse ter as duas provas que seriam aplicadas no sábado (3) e no domingo (4), e que queria vender o material por R$ 500 mil.
Cerca de 4,1 milhões de candidatos realizariam o exame nos dias 3 e 4 de outubro.
Leia a íntegra da nota
NOTA OFICIAL
O Ministério da Educação informa que as provas do ENEM marcadas para este final de semana foram adiadas por motivos de segurança.
O INEP já possui uma segunda prova e deve anunciar a nova data nos próximos dias, depois de reorganizar a logística.
O Ministério da Educação já tomou providências junto ao Ministério da Justiça e a Polícia Federal no sentido de apurar eventuais responsabilidades criminais relativas ao vazamento.
Os estudantes inscritos serão comunicados oportunamente pelos meios habituais da confirmação da nova data e do local das provas.
Em razão do adiamento, o resultado final das provas, inicialmente previsto para o dia 8 de janeiro, deve atrasar em cerca de um mês.
O Ministério da Educação trabalha para minimizar os efeitos do atraso.
Assessoria de Comunicação Social do
Ministério da Educação
Ministro
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse na manhã desta quinta-feira (1) ao Bom Dia Brasil, da TV Globo, que será feita uma investigação para saber em que momento da impressão da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) aconteceu o vazamento. Segundo ele, há fortes indícios de que “houve a subtração de um exemplar” da prova. O teste, que ocorreria no próximo fim de semana, foi cancelado na madrugada desta quinta-feira.
“Este exemplar da prova está comprometido. A equipe técnica constatou que o material correspondia a alguns itens da prova. Será feita uma investigação para identificar em que momento da impressão da prova um exemplar foi furtado. É a primeira vez que [isso] aconteceu em uma prova do ENEM”, afirmou. “Nós vamos ter que fazer junto ao consórcio [que aplica o exame] uma investigação para chegar aos responsáveis e prendê-los. Isso não pode acontecer, em virtude da vigilância severa.”
Segundo o ministro, outra prova será realizada assim que se concluir a impressão das novas questões. Haddad disse que ficou “feliz” pelo fato de os estudantes não terem feito a prova. “Em primeiro lugar eu fico feliz não terem feito a prova, você imagina o que seria cancelar a prova depois de realizá-la. Seria um trauma muito grande [para os alunos]”, disse o ministro. “Quem está inscrito permanece inscrito, basta aguardar nova data. [O estudante] deve usar o tempo que ganhou com esse incidente para estudar.”
Fonte: G1