Segundo Micheletti, o presidente eleito, Manuel Zelaya, preocupou as autoridades hondurenhas, pois “se tornou esquerdista” e convidou “comunistas” para seu governo.
O amigo Daniel Valença escreveu por emeio o texto “05 de julho, o dia da derrota moral dos gorilas” e, como eu também acompanhei o domingo em Honduras via TeleSUR, faço das palavras dele as minhas.
Exatamente às 16h deste domingo (05) partiu de Washington o voo que leva o presidente constitucional de Honduras ao encontro de seu povo que o espera para reconduzi-lo ao posto para o qual o elegeu. A TeleSURtv.net transmite ao vivo os acontecimentos.
Para vários amigos e amigas, imagino ser esta a primeira vez em que se vê tão perto de um golpe de Estado. O sequestro e deposição do presidente hondurenho, Manuel Zelaya, refletem uma realidade nunca distante dos países latino-americanos.
O ex-presidente de Cuba Fidel Castro pediu, neste domingo, que não se negocie com os militares que derrubaram o presidente de Honduras, Manuel Zelaya. O líder cubano cobrou a renúncia da cúpula militar. Segundo ele, os golpistas “não têm salvação possível”, já que até o governo norte-americano reconheceu Zelaya “como único presidente de Honduras”.
Precatados com a experiência vivida em outros países, e criativa como soe acontecer, não querendo reproduzir os clássicos golpes de Estado nem apelos a secessão nem a magnicídios, mas fortemente apoiada nos meios de comunicação, setores empresariais, estamentos religiosos, grandes proprietários, meios financeiros decidem manejar seus fortes vínculos com as instituições e dar cobertura legal as suas pretensões golpistas em Honduras.
É fato que o embaixador dos EUA em Honduras, Hugo Llorens, afirmou que seu país só reconhece Manuel Zelaya como único presidente legítimo do país e condena o golpe. Mas nunca devemos esquecer que os golpistas latino-americanos podem ser qualquer coisa, menos autodidatas.